Quando falamos da lua, do sol, logo pensamos em feminino/masculino, inconsciente/consciente, passado/presente. Vamos pensar numa outra dimensão agora, sair de nossa realidade dual e ampliar nosso pensamento. Temos duas maneiras de olhar a realidade: de forma cartesiana, onde se insere o conceito de dualidade e outra, uma forma dialética, da não dualidade, tese/ antítese e síntese, que é o resultado da interação, relação de A mais B. Nessa forma não existe o confronto entre eu e outro.


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É preciso fazer com que essas duas realidades possam dialogar e assim a gente possa fazer uma dança onde as raízes da nossa lua se entrelacem com os raios do nosso sol.


A lua fala dos nossos sentimentos originais sobre nós mesmos. A forma como fomos percebidos, cuidados e consequentemente, como nos percebemos. É do lugar que á criança é colocada na família, que ela vai se perceber, se vê. E esse lugar vai estruturar limites e possibilidades em sua vida. Esse lugar vai configurar sua auto- imagem e suas crenças.


É uma imagem, uma crença formada a partir da repetição de experiências e de modelos de comportamento, tanto emocionais, como mentais.


Eu me reconheço, me identifico com a qualidade, a vibração da minha lua, porque é um lugar conhecido, familiar, cômodo, confortável, que traz “segurança”, que protege.


Nossa lua vai reagir de forma instintiva para nos proteger, nos defender de experiências para as quais não estamos preparados ou familiarizados. Lembrando aqui que faz parte da experiência de algumas pessoas, uma familiaridade com um sentimento de frieza com a violência, a ansiedade, o abandono, o controle.


Lua é ressonância, é como notas musicais, vamos vibrar com o que ressoa no nosso padrão vibratório. Podemos responder, ressoar um padrão vibratório onde estou sempre escapando de estabelecer vínculos, já que me sinto ameaçada de perdê-los.


A Lua está na nossa inconsciência, um lugar de acesso nada direto e fácil. Costumamos negar nossa lua porque é uma área onde somos mais vulneráveis, onde nossa criança interna aparece, onde a defesa da criança foi construída. Logo, somos mais infantis e ninguém gosta de ser infantil, imaturo na nossa cultura, não temos essa licença!


A Lua procura manter esse padrão original, ela tem uma função de sobrevivência, de manutenção da vida. Quando nascemos, durante um bom tempo somos seres dependentes dos cuidados do outros, necessitamos de estabelecer esse vínculo.


A Lua rege o nosso sistema imunológico. Ela pode, por exemplo, debilitar a pessoa quando ela percebe que tem coisas mudando para que esta não transforme o padrão. Posso por exemplo adoecer para retardar tomar alguma atitude.


Ela vai aparecer nas diversas áreas do nosso mapa. Na casa (X) A lua fala da nossa necessidade de agradar a todos, de manter uma imagem, Na (VII) da nossa necessidade de intimidade com o outro, como se reconhecêssemos nosso valor no outro, olho para o outro porque não tenho definido o meu valor. Na (III) da nossa compulsividade para falar, para não sentir, eu falo e/ou através da minha fala vou fazendo contato com meu sentimento.


Seja em que área do mapa estiver, nosso padrão lunar, seja ele de rejeição, abandono, excentricidade, exclusão, não merecimento, vai ser reproduzido em nossos vínculos, nossas relações. E vamos reagir se esse padrão não ressoar, não vibrar com as mesmas notas.


Por estarmos escravizados à nossa lua, às nossas necessidades, deixamos de acolher um novo amor, de cumprir um papel social, de ter um filho, exigimos cuidados especiais dos nossos parceiros, culpamos o outro por nos abandonar, deixamos de nos realizar profissionalmente. Deixamos de viver a nossa vênus, nosso marte e nosso sol. Portanto podemos considerar que a lua é um filtro para todo o resto do mapa.


Mas para que manter esse padrão? O que vocês acham disso? Pensei algum tempo qual seria essa finalidade, que função teria para o nosso crescimento individual e um dia, ao ler um livro chamado: Constelação Familiar de Bert Hellinger, li algo que achei muito interessante: “Sofrer ou manter o problema é algo que está profundamente vinculado a um sentimento de inocência e lealdade com relação à família num nível mágico”. É pela necessidade de sermos inocentes, de permanecermos vinculados a um padrão de infância, que não abrimos mão de nossas crenças.

2 comentários:

Passei pra conhecer e já estou divulgando....

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Desde muito cedo estive cercada de pessoas amantes da astrologia. Lembro da primeira vez que estive numa feira de livros de astrologia, queria levá-los todos para a minha casa. Isso faz algum tempo... Ao certo ainda não sabia que esta seria minha grande parceira de jornada. A minha relação com a astrologia foi mudando ao longo dos anos. Passei por um tempo onde a curiosidade geminiana me levava a querer conhecer muitos autores diferentes, tempo em que muitos livros de astrologia foram lançados.


Tempo bom... Os diálogos na mesa do bar, do consultório, da rede e da cama trouxeram o colorido especial da experiência vivida, da entrega, ao meu trabalho.


Para mim a astrologia fala da nossa existência e nos lembra a todo instante que somos co-autores da nossa realidade.

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